terça-feira, 28 de outubro de 2008

Av. Paralela

A paralela é uma avenida com mais de 18 km de extensão que fica em Salvador, Bahia. Nela está presente uma grande diversidade de fauna e flora e parte remanescente da Mata Atlântica.
A Mata Atlântica é um patrimônio natural de todos os moradores porque garante qualidade de vida, não só pelo bem-estar de quem a admira, mas por controlar o clima da cidade, proteger encostas, regular o fluxo dos mananciais hídricos e assegurar a fertilidade do solo. Os dados são da Fundação SOS Mata Atlântica.
Na revisão do PDDU, a Avenida Paralela continua sendo considerada uma área de expansão urbana com fins residenciais, o que possibilita que a mata seja suprimida para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários.
A revisão, que foi feita em três meses por grupos de estudos da Superintendência de Meio Ambiente, faz apenas uma recomendação para que os fragmentos da Mata Atlântica da Paralela sejam inseridos como Área de Proteção Ambiental (APA), mas não diz como ou quando isto será feito.
Desmatamento
Na década de 70, havia 20 milhões de hectares de Mata Atlântica na Paralela. Hoje eles são cinco milhões. Abaixo, os principais novos desmatamentos autorizados pelo Estado
- Residencial Alphaville 124 hectares desmatados = 150 estádios*
- Hospital do Coração 4,5 hectares desmatados = 5,4 estádios
- Residencial Greenville 90 hectares desmatados = 109 estádios
- Colinas de Jaguaribe 146,79 hectares desmatados = 178 estádios
- Conj. Hab. JS 4 hectares desmatados = 4,8 estádios
- Loteamento JG 6,7 hectares desmatados = 8 estádios
* Foi usada como base para comparação a medida do Estádio da Fonte Nova
Fonte: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá).

domingo, 24 de agosto de 2008

Floresta Amazônica


A Floresta Amazônica é uma típica floresta tropical equatorial, ocupa 5,5 milhões de km² onde 60% estão em território brasileiro; e 40% entre as duas Guianas, Suriname, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
O Rio Amazônas - maior bacia hidrografica do mundo, com extensão aproximada de 6 milhões de km² - nasce na Cordilheira dos Andes e deságua no Oceano Atlântico, lançando, a cada segundo, cerca de 175 milhões de litros de água, correspondendo a 20% da vazão de todos os rios da Terra.
Das 100 mil espécies de plantas que ocorrem em toda a América Latina, 30 mil ocorrem nesse bioma. Na fuana, ainda com muitas espécies a serem descobertas, podem ser destaque: insetos, animais rastejadores, peixes, anfíbios, animais herbívoros e canívoros, diversas espécies de aves; destacando felinos e cobras de grande porte e o maior peixe de água doce do mundo: o pirarucu, com 2,5m de comprimento e 200 kg.
O solo da floresta amazônica, em sua maior parte é pobre em nutrientes, dependente das chuvas, da proteção e decomposição de suas próprias espécies para se recompor, por isso, atitudes irresponsáveis (como as queimadas, os desmatamentos e a captura de grande diversidades de animais que lá vivem) podem contribuir para causar danos irreversíveis ao seu delicado equilíbrio ecológico.


À propósito: Muito bem meninas do voley feminino! Mandaram super bem! Isso é pro mundo inteiro saber que NÃO TEM PRA NINGUÉM!! As nossas meninas arrazam! A Fofão então fechou a carreira na seleção com chave de ouro! Brasiiiiiiiiiiiiiiiiiil!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Mata Atlântica

A Mata Atlântica se localiza em uma faixa paralela ao litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Rio Grande do Norte, em alguns pontos, avança para o interior em extensões variadas.
O relevo é constituido por colinas e planícies costeiras, com grande diversidade de solos, onde o clima é tropical, com influência dos ventos úmidos vindos do mar e seus ecossistemas são divrsificados e endêmicos.
Atualmente mais de 80 milhões de pessoas vivem nesta área que também abriga grandes pólos industriais, químicos, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por 80% do PIB nacional.
Com a legislação federal atualizada e adequada a sua realidade, a exploração da Floresta Amazônica foi regulamentada com o aumento da sua área de dimensão a ser preservada, antes restrita à faixa litoranêa e simultaneamente permitindo que as comunidades locais mantenham a exploração tradicional de algumas culturas por uma economia de subsistência e para complementar autoriza que os estados, munincípios e Organizações Não-Govrnamentais (ONG´s) também participem da fiscalização fo ecossistema.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Bom, para começar bem eu vou colocar aqui um depoimento de Cristóvão Buarque sobre a Internacionalização da Amazônia.
Aqui vai:
" A Internacionalização do Mundo
Cristovam Buarque

Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.

De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa. "
Uau! Falou o mestre.
Cristovam Buarque, 58, é doutor em economia e professor do Departamento de Economia da UnB (Universidade de Brasília), foi governador do Distrito Federal pelo PT (1995-98).